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A Editorial Arauto apoia a ILC contra o Acordo​ Ortográfico

 

por Editorial Arauto, 26-01-2013

Portugal tem uma já longa tradição de acordos ortográficos.​​​ Alguns foram bem conseguidos, outros não tanto, como foi o caso deste último, o Acordo Ortográfico de 1990, que introduziu uma série de regras e mudanças que pura e simplesmente não fazem sentido, como o facto da palavra “cor-de-laranja” perder os hífenes mas “cor-de-rosa” permanecer inalterada, ou a eliminação do “p” em “Egipto”, quando a norma em Portugal é a pronunciação do P.

Apesar destas carências, o governo Português insistiu na implementação daquilo que era na verdade um protótipo. Resultado: As crianças portuguesas estão a aprender uma ortografia que será inevitavelmente revista, outra vez. As mesmas crianças que, segundo os doutorados responsáveis por esta revisão ortográfica, têm dificuldade em aprender uma língua de cariz etimológico, ao invés de fonético, como o era (dizem) o Português com o Acordo Ortográfico de 1945. Aqui insinua-se que as crianças Portuguesas têm capacidades inferiores às das inglesas, francesas, ou mesmo as chinesas ou japonesas (que aprendem milhares de caracteres diferentes nos primeiros anos de escolaridade, sem a menor dificuldade).

Este historial de alterações à língua introduziu outra problemática: o surgimento de falácias que se tentam fazer passar por dogmas. Ouve-se dizer que “quem é contra o acordo gostaria que se escrevesse pharmácia”, como se o “ph” fosse o demónio da língua Portuguesa. Ouve-se dizer que: “Este acordo trará união aos países de língua Portuguesa”, um argumento automaticamente negado pelo facto de Portugal e Brasil serem os únicos países a implementarem o Novo Acordo, isto sem esquecer que recentemente o Brasil adiou a sua obrigatoriedade e prometido uma revisão. Ouve-se principalmente que: “A língua evolui”, uma verdade que serve de capa para a falsidade subjacente, pois se é certo que as línguas evoluem, estas evoluções são acompanhadas por revisões ortográficas posteriores a qualquer mudança verificada, e nunca impostas e forçadas.

A estas e outras razões, já descritas neste nosso sítio, deve-se a decisão da Editorial Arauto de repudiar e não implementar o Acordo Ortográfico de 1990; e com esta decisão apoiamos publicamente a acção popular e apartidária que actualmente decorre com o fruto de revogar o Novo Acordo, a ILC contra o Acordo Ortográfico.

Para mais informações ou para subscrever a ILC, visite:

http://ilcao.cedilha.net/

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